| 20/10/2007 18h54min
Adversário do espanhol Fernando Alonso na briga pelo título do Mundial de Pilotos, o inglês Lewis Hamilton preferiu não dar muita importância aos comentários feitos pelo presidente da Confederação Espanhola de Automobilismo. Sentindo o representante de seu país prejudicado na luta pelo título, o dirigente afirmou ser uma "ironia que um país racista, tenha 9 milhões de pessoas em frente a tevê amanhã apoiando-o (Hamilton é negro) na última corrida".
Hamilton afirmou não ter conhecimento das declarações, mas após ter o comentário repetido, buscou a saída política:
– Fico muito surpreso com isso, mas ele tem o direito de ter sua opinião e nós temos que superar isso.
Considerando sua atual visibilidade na sociedade, Hamilton reconheceu que não pretende servir de modelo apenas para os jovens negros da Grã-Bretanha.
– Espero abrir portas para todos. Só pelo fato de estar na F-1 espero abrir portas para todas as culturas e grupos étnicos.
Neste domingo, o inglês pode tornar-se o primeiro campeão mundial negro de Fórmula-1. Ele lidera a classificação do torneio e terminando em uma das duas primeiras posições na prova assegura o título, independente de seus dois adversários restantes: Alonso e o finlandês Kimi Raikkonen.
GAZETA PRESS
Hamilton precisa apenas de um segundo lugar neste domingo para vencer o campeonato
Foto:
Roland Weihrauch, EFE