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O abastecimento de milho em Santa Catarina tem gerado opiniões divergentes sobre o volume necessário para evitar que o produto falte para alimentar os rebanhos. A oferta disponibilizada para o Estado, através dos contratos a balcão, foi ampliada de 15 para 20 mil toneladas.
O superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento, Ivo Silvestre Ferreira, anunciou na quinta, dia 5, que este milho deve estar disponível para os produtores entre os dias 9 e 20 de dezembro, com preço médio da última quinzena. Ferreira anunciou que, além disso, está prevista para janeiro de 2003 a liberação de mais 10 mil toneladas.
Cerca de 4 mil toneladas foram adquiridas no Estado ao preço de R$ 27 no leilão da Conab realizado na quarta, dia 4. A meta era de 10 mil toneladas. No entanto, Ferreira disse que, das 130 mil toneladas que a Conab pretendia comprar, conseguiu comprar 92 mil. Ele acredita que não haverá falta de milho, pois as agroindústrias têm estoques o produto pelo menos até o próximo dia 31 de janeiro. E a safra catarinense deve começar a entrar a partir da segunda quinzena de janeiro.
O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado, Enori Barbieri, disse que o volume é insuficiente, pois o consumo mensal é de 400 mil toneladas de milho. Barbieri afirmou que até agora a Conab liberou apenas 70 mil toneladas para SC, devendo chegar a 90 mil neste ano. A solicitação feita no início da crise da suinocultura foi de 300 mil toneladas de milho.
Barbieri disse que é necessário importar milho da Argentina e do Paraguai para suprir o déficit nos 50 dias que faltam até entrar a próxima safra. Ele lamentou que justamente neste momento esteja ocorrendo uma transição de governo. O secretário da Faesc afirmou que o novo governo terá que tomar medidas urgentes para não faltar milho no mercado.
DARCI DEBONA / DIÁRIO CATARINENSE