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Santa Catarina vai mandar nesta semana uma missão a Brasília para tentar salvar os suinocultores da falência e falta de alimento para seus plantéis. O prefeito de Concórdia e presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense (Amauc), Neodi Saretta (PT), deve levar em mãos um documento ao ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, e à equipe de transição de Luís Inácio Lula da Silva, solicitando medidas urgentes de apoio ao produtor.
A principal delas é a importação de milho livre da taxa de 9,5% para o produto proveninte de fora do país. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Paulo Tramontini, disse que a eliminação desta taxa permitiria que o milho chegasse ao país a preços compatíveis, entre R$ 22 e R$ 23. Tramontini teme que alguns produtores, principalmente independentes, acabem ficando sem alimento para suas criações.
Recentemente, alguns criadores do Oeste ficaram sem ração e suínos e aves acabaram praticando atos de canibalismo. Na sexta-feira, o ministro da agricultura, Pratini de Moraes, anunciou a intenção de importar 150 mil toneladas de milho para amenizar o déficit.
O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, considera que este volume é insuficiente, pois a necessidade seria de 1 milhão de toneladas. No entanto, Barbieri disse que estas importações devem ocorrer até, no máximo, 15 de janeiro. A partir deste período começa a entrar a safra nacional, o que poderia acabar prejudicando os produtores de milho.
O secretário-geral da Faesc também deve ir a Brasília na quarta-feira para uma reunião da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e audiência com o ministro da Agricultura. Na oportunidade, devem ser encaminhadas ações para amenizar a crise do setor. O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Otto Kiehn, também esteve em Brasília na semana passada para garantir a liberação de um novo lote de 10 mil toneladas de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que deve ocorrer em dezembro.