| 18/07/2007 15h57min
Mesmo tendo passado por inúmeras polêmicas por que passou antes dos Jogos Pan-americanos, a esgrima brasileira segue quebrando tabus no Rio-2007. Além de quebrar o tabu de 32 anos sem medalhas depois do bronze de João Souza no florete masculino e de colocar uma mulher no pódio pela primeira vez com o bronze de Clarisse Menezes na espada, nesta quarta-feira foi a vez de Renzo Agresta pôr fim a um jejum no sabre.
Embora a disputa individual ainda não tenha acabado, o esgrimista de 22 anos já tem assegurado pelo menos o bronze da conquista. A última vez em que um atleta nacional havia sido premiado no sabre aconteceu na primeira edição dos Jogos, em Buenos Aires-1951. Na ocasião, o país faturou o bronze no individual com Stevão Molnar e na equipe, com o mesmo Molnar ao lado de Frederico Taveira Serrão, Hugler Matt, Virgílio Damazio de Sá.
Para garantir a medalha, porém, Renzo não teve tarefa fácil. O brasileiro, número 39 do ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE), travou um jogo bastante equilibrado com o norte-americano Benjamin Igoe, 64º do mundo. A vitória por 15 a 14 só foi sacramentada na revisão dos juízes. Antes do último ataque, os dois esgrimistas empatavam por 14 a 14, até que trocaram ataques simultâneos. Depois de analisar a filmagem da ofensiva dupla, foi computado o toque a favor do representante nacional.
Agresta, agora, terá pela frente quem vencer do jogo entre o canadense Philippe Beaudry, segundo favorito para o ouro e 36º da relação da FIE, e o salvadorenho Leonidas Marroquin, que figura no posto de número 135 da lista mundial.
Além disso, Renzo consegue melhorar significativamente a sua classificação no Pan. Em Santo Domingo-2003, quando tinha 18 anos, o esgrimista foi eliminado nas oitavas-de-final da competição, perdendo para o argentino Diego Drajer.
GAZETA PRESS