O presidente do Grêmio, Paulo Odone, declarou que a transferência de seu cargo para o ex-governador do Rio Grande do Sul Antônio Britto será automática, não abrindo espaço para uma nova eleição. Ele mandou o recado ao conselheiro Sérgio Ilha Moreira, que ameaçou lançar-se candidato opositor de Britto.

– Não estou abrindo a minha sucessão. Estou completando o meu mandato por uma razão técnica – garantiu o presidente, que deseja ver o amigo e partidário Britto aclamado, como ele fora em outubro passado. – Sucessão minha, da eleição que eu tive, é daqui a um ano e meio – acrescentou.

No processo em que foi reeleito, Odone irritou-se quando um dos conselheiros votou contra sua aclamação, alegando que isso não poderia acontecer no cargo máximo do clube. Na ocasião, a oposição não apresentou nenhum candidato, o que, pelo que se diz no Olímpico, deve se repetir.

– Nem sequer foi cogitada qualquer possibilidade de um candidato de oposição, porque não fica bem. O Antônio Britto hoje é um nome consagrado dentro da política, principalmente no Grêmio – garantiu o conselheiro Zelio Hocsman, um dos assessores de Odone.

O presidente cogitou os nomes de Túlio Macedo e Mauro Knijnik para assumir seu cargo, mas os dois recusaram. Assim, acabou ouvindo o conselho de um dos mais importantes dirigentes da história tricolor.

– O doutor Fábio Koff disse: “tem um extremamente qualificado executivo que está nos ajudando, trabalhando no projeto da arena, e tem feito isto para mim com extrema eficácia, que chama-se Antônio Britto” – contou Odone.

O presidente gremista também falou do principal motivo que o levou a deixar o cargo: a nova arena do clube. Segundo ele, a construção do estádio será um marco na vida do clube.

– Estamos tentando fazer o aperfeiçoamento de um projeto de gestão para a história do Grêmio – declarou.