| 25/06/2007 16h38min
O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Pan-americanos do Rio (CO-Rio), Carlos Arthur Nuzman, reconheceu nesta segunda-feira o atraso no cronograma de entrega das sedes do evento.
– Falam de atraso, o que é verdade e ninguém vai dizer que não tem – admitiu durante videoconferência do (COB) com atletas e comissões técnicas distribuídos em São Paulo, Rio, Belo Horizonte , Brasília, Porto Alegre e Curitiba.
Apesar do reconhecimento, Nuzman minimizou o fato, classificado como comum pelo dirigente.
– Em Pequim, o Estádio Olímpico que teria competição em fevereiro não vai ficar pronto no prazo. A empresa alemã que estava construíndo faliu e só fica pronto em final de março ou abril – diz, comparando a situação nacional a de outras sedes de eventos esportivos.
– Você ouviu falar disso em Atenas, a Copa da Alemanha depois foi o máximo, mas antes tinha isso tudo – completou.
A preparação brasileira para os Jogos andou às voltas com inúmeros problemas nas sedes. Houve o atraso no início e subdimensionamento nas obras no Maracanãzinho, a falência do consórcio que construiria a Cidade dos Esportes, no autódromo, os embargos jurídicos envolvendo Marina da Glória e Estádio de Remo, além de problemas com a concorrência no Riocentro.
Mesmo assim, os envolvidos nas construções asseguram que tudo fica pronto em tempo e hoje, o secretário-geral do CO-Rio, Carlos Osório, afirmou que a sede do remo será entregue no próximo dia 6.
Mais uma vez, Nuzman aproveitou o encontro com acompanhamento da imprensa para defender o custo dos Jogos, com o qual fez paralelo à economia doméstica.
– O Pan-americano estava orçado em US$ 225 milhões em fevereiro de 2003, mas é como se aplicasse na poupança. Você transforma e corrige pelo valor de hoje e dá R$ 1 bilhão.
Nuzman evitou comentar o valor total do evento e voltou a valorizar a competição.
– Estes Jogos
vão mudar a história do esporte brasileiro. A história será
contada de maneira diferente – garantiu.