Nem o vento forte que soprava na Ressacada conseguiu abafar os gritos da torcida avaiana após a derrota do time para o Remo, dentro de casa, no último sábado.

Assim que o árbitro apitou o final, os adeptos avaianos reforçaram as vaias, com gritos de "Ôôô, queremos jogador!" e "Ôôô, queremos treinador!" e os protestos à parceria com a LA Sports e Traffic.

Quem mais sofreu com a fúria das arquibancadas foi Zé Teodoro. Ele ouviu o xingamento de burro, pela primeira vez, aos oito minutos do segundo tempo. O coro ganhou intensidade após o término da partida.

– Eu estou tranqüilo. Isso não abala o trabalho, de jeito nenhum. Quando perde é assim, não podemos fazer uma tempestade num copo d'água –  ponderou o comandante azurra.

Segundo Zé Teodoro, a indignação da torcida também deve respingar nos atletas. No sábado, poucos se salvaram, é verdade. Rafael, Brenno e Marcelinho foram eles. Os estreantes Jardel, Rodriguinho e Advaldo mostraram vontade, mas esbarraram na falta de ritmo. Enquanto isso, Edílson e Batista ouviram vaias intermináveis.

O Leão da Ilha ocupa a penúltima posição na Série B, e se continuar neste caminho, vai deixar de rugir contra os adversários para, no máximo, ronronar.