| 08/06/2007 00h25min
O Grêmio já sabe o seu adversário na final da Libertadores: nada menos do que o multi-campeão Boca Juniors. O confronto é inédito em Libertadores. Serão sete títulos em campo, dois do Tricolor e cinco dos argentinos. O primeiro jogo será na próxima quarta-feira, em Buenos Aires, e o segundo jogo, no Olímpico, no dia 20.
Apesar de nunca terem se encontrado em Libertadores, o confronto entre Grêmio e Boca já tem história. Em 25 de fevereiro de 1959, um façanha gremista: o Grêmio foi a primeira equipe estrangeira a vencer o Boca na Bombenera. Foi 4 a 1, com quatro gols de Gessi.
Outro confronto importante aconteceu em 1988. Os dois times se enfrentaram pelas oitavas-de-final da Supercopa, competição que reunia todos os times campeões da Libertadores. No primeiro jogo, deu Boca, 1 a 0. No segundo, no Olímpico, o Grêmio fez 2 a 0 (foi eliminado em seguida pelo River Plate). No ano seguinte, novo confronto: desta vez pelas semi-finais da competição. Mas a história foi outra: no primeiro jogo, empate em 0 a 0 no Olímpico. Na Argentina, 2 a 0 para o Boca, que se tornaria campeão sobre o Independiente.
Já o histórico do Boca contra o brasileiros em Libertadores é excelente. Em 1977, os argentinos conquistaram o primeiro dos seus títulos sobre o Cruzeiro. O título foi decidido nos pênaltis, depois de três jogos. No ano seguinte, ano do bi-campeonato, o Boca derrotou o Atlético-MG nas semi-finais e ganhou o título sobre o Deportivo Cali, da Colômbia.
Em 2000, 22 anos depois, nova decisão contra brasileiros e desta vez a vítima foi o Palmeiras de Felipão. Vitória argentina nos pênaltis, em pleno Morumbi. No ano seguinte, novo título e mais duas eliminações brasileiras: Vasco nas quartas-de-finais e Palmeiras nas semi-finais. Na final, mais um título nos pênaltis, desta vez sobre o Cruz Azul, do México.
Em 2003, a vítima da vez foi o Paysandú. Depois de uma vitória dos paraenses em plena Bambonera, a tradição argentina falou mais alto e em Belém deu Boca, 4 a 2. Na final, duas vitórias sobre o Santos deram ao Boca o quinto título da América.
ISABELA VIEIRA