| 22/05/2007 20h49min
O ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, divulgou nota nesta terça-feira em que se diz inocente das acusações da Polícia Federal, segundo as quais teria recebido R$ 100 mil como propina da empreiteira Gautama, do empresário Zuleido Veras. Ele afirma no texto que sai do governo para preservar o setor energético e o governo Lula, e que irá provar "a injustiça e a crueldade das mentiras e insinuações" divulgadas a seu respeito.
Rondeau esteve reunido nesta terça com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e entregou sua carta de demissão.
Confira a íntegra da nota abaixo:
"Comunico que na tarde de hoje entreguei ao excelentíssimo senhor presidente da República o cargo de ministro de Estado de Minas e Energia, que, honrosa e dedicadamente, exerci por sua confiança.
Cada segundo que dediquei com afinco ao exercício de minhas funções foi contado por valores éticos, morais e cristãos. Nunca, em momento algum, jamais pratiquei qualquer ato que não fosse orientado pelo princípios essenciais que sempre nortearam a minha vida, com absoluta honestidade e compostura.
Reafirmo minha completa e absoluta inocência em relação às denúncias levantadas contra minha pessoa, na certeza de que tudo será esclarecido, provando a injustiça e a crueldade das mentiras e insinuações divulgadas ao meu respeito que atingiram minha honra.
Minha vida de técnico, trabalhador, de vida modesta, respeitado no setor elétrico que escolhi por profissão e ao qual me dediquei inteiramente, tem sido marcada pela lisura e pela honradez.
Tudo fiz para servir ao governo do presidente Lula e agradeço a Deus a oportunidade de tê-lo conhecido de perto e com ele trabalhado pela grandeza do Brasil. É com gratidão que a ele me dirijo, lamentando profundamente a ocorrência desses fatos.
Deixo o governo para pedir que o setor energético, fundamental para o desenvolvimento do país, seja prejudicado, e que a imagem do governo seja de algum modo afetada.
Creio em Deus e confio na Justiça.
Silas Rondeau Cavalcante Silva - Ministro de Estado de Minas e Energia".
AGÊNCIA O GLOBO