| 22/05/2007 09h24min
A Polícia Federal começou hoje uma paralisação de 72 horas. Os agentes reivindicam pagamento de um reajuste de 30%. O valor é a segunda parcela de um aumento de 60% assinado no ano passado entre os policiais e o então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
Nos aeroportos, os policiais vão fazer a chamada operação padrão, o que pode provocar filas em embarques para vôos internacionais. Durante a greve também não haverá emissão de passaportes. Parte dos profissionais que trabalha nas grandes ações da Polícia Federal, como a Operação Navalha, deve manter as atividades.
No Rio de Janeiro, a paralisação surpreendeu quem chegou cedo à sede da PF, na Praça Mauá, para dar entrada no pedido de passaporte. A fila começou a se formar às 3h30m e chegou a ter cem metros de comprimento. Pouco antes das 9h, policiais afixaram na parede uma faixa anunciando a greve. Somente serviços essenciais, como a segurança do prédio e a
emissão de passaportes em caráter de
urgência estão mantidos.
O sindicato dos servidores da PF do Estado do Rio anunciou uma operação-padrão no embarque do Aeroporto Internacional Tom Jobim a partir das 15 desta terça-feira.
Em São Paulo também apenas casos mais urgentes serão atendidos até a próxima sexta-feira. Nos aeroportos de Cumbica e Congonhas, a operação padrão deve ser decidida em uma reunião entre sindicalistas nesta manhã.
Em abril longas filas em aeroportos
No dia 18 de abril, a PF paralisou seus serviços em todo o Brasil, deixando de investigar casos e provocando filas em aeroportos. Segundo a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), cerca de nove mil delegados, agentes, peritos, escrivães e papiloscopistas cruzaram os braços durante o dia inteiro.
A paralisação resultou em filas nos aeroportos de Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Salvador e Porto Alegre, além dos pontos de fronteira em
Uruguaiana e Foz do Iguaçu, onde foram feitas operações-padrão.