| 21/05/2007 11h51min
O carioca Pedro Solberg e o brasiliense Harley terão um compromisso difícil nesta terça-feira na abertura do Aberto da Itália, terceira etapa do circuito mundial de vôlei de praia. Em Roseto degli Abruzzi, os líderes da temporada precisarão ultrapassar o country quota, torneio preliminar entre duplas de um mesmo país que não estão no ranking das 24 pré-classificadas. Quem ganhar avança para a fase classificatória; os perdedores estarão eliminados. Pedro Solberg e Harley jogarão a final do triangular contra os vencedores de Hevaldo/Luizão e Rodrigo/Thiago.
Pedro Solberg e Harley foram as grandes surpresas das primeiras etapas. Eles se reuniram no final de março, quando estrearam no circuito brasileiro com o terceiro lugar em Santos, e estrearam nas arenas internacionais com dois pódios – foram campeões em Xangai (China) e 3º colocados em Manama (Bahrein). Com isso, assumiram a ponta da classificação e da corrida rumo às duas vagas brasileiras aos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. No entanto, como o ranking considera os cinco melhores resultados dos últimos seis torneios disputados nos últimos 365 dias, Pedro Solberg e Harley só devem aparecer chave principal em Zagreb (Croácia), de 6 a 10 de junho.
– Não sei quem pegaremos pela frente, mas as duas equipes são muito fortes. É nossa chance de começar bem a fase européia – lembrou Pedro Solberg, bicampeão mundial sub-21 em 2003 e 2006.
– Mas vamos ter de tomar o cuidado, porque um tropeço será fatal – alertou o filho da ex-jogadora Isabel Salgado. O cearense Rodrigo jogará ao lado do catarinense Thiago porque seu companheiro regular, o pernambucano Fabiano, ainda se recupera de uma hérnia de disco. Rodrigo é orientado pelo professor Ronald Rocha, técnico dos atuais campeões mundiais Márcio e Fábio Luiz, uma das duplas brasileiras no grupo de elite ao lado de Ricardo-Emanuel e Franco-Pedro Cunha.
Apesar do começo fulminante, Pedro Solberg garante que a equipe continua com os pés no chão e evitando fazer planos de longo prazo.
– Achamos melhor não estimar qualquer expectativa aos resultados. Quando você começa a estabelecer metas, a pressão acaba vindo junto. E muito do voleibol que estamos jogando decorre desse espírito leve, de encarar um jogo por vez – explicou.
– As duas principais duplas brasileiras não foram bem no Bahrein. Talvez porque Ricardo/Emanuel e Márcio/Fábio Luiz estejam com a cabeça voltada para o Pan. Esse é o grande objetivo deles neste ano e essa pressão pode estar atrapalhando um pouco – completa.