| 17/05/2007 21h53min
Representantes da Comissão Parlamentar de Inquérito da Crise Aérea pediram apoio na noite desta quinta-feira ao ministro da Justiça, Tarso Genro, para garantir a convocação à CPI dos pilotos norte-americanos do jato Legacy que colidiu em 29 de setembro de 2006 com um boeing da Gol, provocando as mortes de 154 pessoas. Do encontro, participaram o presidente da CPI, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI); o relator, deputado Marco Maia (PT-RS); e o deputado Rocha Loures (PMDB-PR). Também estava presente o secretário nacional de Justiça, Antonio Carlos Biscaia.
Tarso Genro disse que vai levar a questão ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que entraria em contato com o Ministério da Defesa dos Estados Unidos para tentar resolver o assunto.
– O depoimento é fundamental porque os pilotos não deram os esclarecimentos necessários à Polícia Federal – ressaltou Marcelo Castro.
Marco Maia também defendeu a convocação.
– Seria uma oportunidade para os pilotos se defenderem, pois a Polícia Federal considerou que eles foram responsáveis pelo acidente – afirmou.
De acordo com Marco Maia, a CPI não está convencida de que o aparelho transponder do jato foi desligado acidentalmente. Esse equipamento faz a comunicação entre o avião e o radar.
O presidente e o relator da CPI disseram que, a depender das negociações do Ministério das Relações Exteriores com o Ministério da Defesa norte-americano, poderia ser dada a garantia de que os pilotos não seriam presos durante o depoimento.
O ideal, segundo os deputados, é que os pilotos venham ao Brasil. Porém, eles não descartaram a possibilidade de a CPI enviar uma pequeno grupo de parlamentares aos Estados Unidos para ouvir o depoimento.
AGÊNCIA CÂMARA