| 17/05/2007 16h43min
O ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, garantiu que o governo não está preocupado com o fato de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estarem no alvo da quadrilha que fraudava licitações desbaratada nesta quinta-feira pela Polícia Federal na Operação Navalha. Segundo ele, a ação da PF mostra que o governo está conseguindo desarticular esses grupos.
– O que preocuparia o governo seria exatamente o oposto: a gente não ter competência para poder fazer a busca e apreensão e a procura das pessoas que não estão agindo com compostura e o comportamento desejado por todos nós – afirmou.
Mares Guia disse que o governo vem fiscalizando com rigor e sendo cauteloso na escolha dos funcionários para a máquina pública, mas afirmou que não há como evitar que pessoas com bom currículo, como o assessor especial do Ministério de Minas e Energia Ivo Almeida Costa, preso pela PF, sejam nomeados para cargos no governo.
– Já há uma preocupação enorme (com a fiscalização). Hoje ninguém assume um cargo de primeiro, segundo, terceiro escalão, sem que haja uma pesquisa na folha (do indicado), além da análise do currículo. Isso é uma rotina. Acontece há muito tempo, mas você não tem como prever que uma pessoa que tenha bom desempenho, bom currículo, não possa cometer um ilícito – afirmou.
Segundo ele, ações como a desta quinta-feira mostram que instituições como Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público e Polícia Federal estão funcionando. Ele observou, porém, que é preciso cautela porque ninguém deve ser condenado a priori. Disse ainda que o envolvimento de servidores públicos e políticos no esquema de fraude não fragiliza o PAC.
– Não vamos dizer que um prédio de 30 andares vai deixar de ser construído porque um caminhão de areia foi mal administrado – afirmou.
AGÊNCIA O GLOBO