O ministro Paulo Medina pediu afastamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quarta. De acordo com o site O Globo Online, ele disse estar constrangido após o vazamento da gravação feita pela Polícia Federal, que o flagrou anunciando, antecipadamente, seu voto num caso que era relator. Medina chegou a orientar a defesa do réu

O advogado de Paulo Medina disse ontem que não havia nenhuma ilegalidade no caso da carteira falsa. O processo era contra um diretor do Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, Fernando Furtado Ferreira, flagrado com uma carteira policial falsa. O relator era o ministro Medina. Na véspera do julgamento, ele recebeu a ligação de um amigo, o advogado Paulo Eduardo Almeida de Mello, que queria defender o dono da carteira falsa. Segundo a polícia, Medina o tranqüilizou, antecipou o voto e explicou para o amigo como o advogado deveria fazer no julgamento.

No dia seguinte, o ministro Paulo Medina presidiu a sessão e votou a favor do pedido de Fernando Ferreira, o portador da carteira falsa.