| 30/04/2007 10h41min
A atuação do goleiro Zé Carlos na primeira partida da final disputada neste domingo explica por que o futebol é imprevisível e apaixonante. No primeiro tempo, o jogador saiu de campo como destaque do Criciúma após praticar cinco defesas e fechar o ângulo na melhor chance da Chapecoense.
Já no segundo tempo, o jogador falhou no lance do gol e saiu de campo como responsável pela derrota.
O primeiro tempo de Zé Carlos foi primoroso. Enquanto a zaga não acertava a marcação, o goleiro esteve perfeito nas intervenções. A primeira, com o pé, veio num chute de Jean Carlos, logo a três minutos, após falha de Claudio Luiz. A segunda defesa aconteceu aos 13, em chute de Adriano.
Aos 33, mesmo encoberto no lance, o goleiro espalmou para escanteio outro chute de Adriano. E aos 38 foi a vez de Rony concluir para defesa firme de Zé Carlos, que três minutos depois viu o lateral da Chapecoense receber a bola na pequena área. O goleiro se adiantou para fechar o ângulo e Rony, à queima-roupa, arrematou para fora.
No segundo tempo, Zé Carlos ainda fez uma ponte para segurar o cabeceio de Basílio aos quatro minutos. Mas aos 10, o drama pessoal do goleiro teve início. Mais tranqüilo no vestiário, Zé Carlos reconheceu a falha:
– A bola espirrou na área, gritei para o Rodrigo que era minha, mas ficamos muito perto um do outro. Quando vi a bola passou para o lado e nem vi quem fez o gol – relatou.
Após a falha, o goleiro mostrou personalidade e não se abateu. Aos 21, fez a defesa mais plástica da partida ao espalmar para escanteio um chute de Adriano que entraria no ângulo direito superior. Aos 25, o jogador voltou a usar os pés para afastar o perigo da área, e no minuto seguinte, salvou aquele que seria o segundo gol da Chapecoense numa conclusão de Márcio Machado.
CRISTIANO RIGO DALCIN/DIÁRIO CATARINENSE