Ofensivo, mas com muita marcação. A opção de escalar o Juventude com três meias no time vem se desenhando com possibilidade real para sábado. Bruno, Juliano e Alex Alves têm a missão de dar velocidade às jogadas ofensivas. Com a posse de bola do adversário, precisam abafar a saída de bola. Cristiano é a única peça que fica no ataque. O técnico Ivo Wortmann deu o aviso:

– Juliano, tu pensa que eles (Veranópolis) vão deixar tu carregar a bola lá? Que nada, vão te intimidar. Solta essa bola – gritou, corrigindo a atitude do meia.

O zagueiro Ricardo voltou a ser testado na lateral direita. Pela insistência está ganhando posição. Wescley tirou a vaga de Cedrola na zaga e formou dupla com Ederson no setor.

Ao final do dia, Ivo elaborou muitas opções de jogadas ensaiadas. Parece que esse período sem jogos oficiais possibilitou muita criatividade no Juventude.

Quem não vice seus melhores dias é o atacante Da Silva. Jogou apenas seis partidas na temporada. Marcou um único gol no Gauchão, contra o Veranópolis, no dia 4 de março, no Estádio Alfredo Jaconi. Aquele que foi craque da papada em 2004, ouviu duras críticas da torcida neste ano. Principalmente, após a eliminação da Copa do Brasil.

– Infelizmente não mostrei tudo que sei que posso render – analisou.

Quarta-feira, Da Silva treinou isolado. Caminhava de cabeça baixa entre uma corrida e outra. Ar de cansado. Alguns exercícios e pausa. Uma bela espiada no que ocorria no campo ao lado: o coletivo que encaminha o Juventude para encarar o Veranópolis, sábado, pelas semifinais do Gauchão.

Enquanto titulares e reservas duelavam em dribles, os adversários de Da Silva eram dois cones alaranjados e o relógio do auxiliar de preparação física Luciano Nagel. O atacante parava, inúmeras vezes, com a bola sob o pé esquerdo. Mão direita na cintura. Olhar direto no coletivo.

– Não sinto que falte espaço para mim no time. Todo jogador passa por um momento ruim durante a carreira. Eu sei que tenho condições de jogar, já mostrei isso no passado – confiou.