| 07/04/2007 03h27min
Tinga é o escolhido para substituir Lucas. Com a iminente venda do capitão da seleção brasileira sub-20 para uma equipe européia, o Grêmio já enviou um representante para tentar repatriar Tinga, hoje no Borussia Dortmund.
A direção gremista viajou à Europa para algo mais do que tratar da construção do novo estádio. Após reuniões com o grupo holandês Amsterdam Arena Advisory (AAA), o assessor da presidência Alfredo Oliveira, o Carioca, foi à Alemanha tentar buscar Tinga. A contratação seria bancada com o dinheiro da venda de Lucas, que deve ir para a Itália.
Como o prazo de inscrições para jogadores que atuam fora do Brasil se encerrou em 25 de março, o volante poderia defender o Grêmio apenas a partir de julho, quando terminam os campeonatos europeus e reabre a janela para transferências. Portanto, estaria fora da disputa da Libertadores deste ano.
– Não sei de contato nenhum. O Tinga quer ficar na Europa – garantiu o empresário Tadeu Oliveira, que estava ontem na França.
Campeão da América pelo Inter no ano passado, Tinga considera difícil o negócio. Lembra que seu vínculo vai até 2009, com a opção de estendê-lo por mais uma temporada.
– Fiz o melhor contrato da minha vida e pretendo cumpri-lo até o fim. Não sabia do interesse do Grêmio, mas é legal ser lembrado pelo trabalho que fiz no Brasil. Conversar é sempre bom, mas antes o Grêmio precisa falar com o Borussia – disse Tinga, sexta à tarde, do hotel em que estava concentrado para enfrentar hoje o Alemannia Aachen.
No entanto, a má fase do Borussia Dortmund - time com melhor média de público do Campeonato Alemão - pode jogar a favor do Grêmio. Após campanha mediana no primeiro turno, a equipe caiu de produção. Venceu apenas duas vezes no returno e está na zona de rebaixamento.
– Na maior parte da minha vida joguei para conquistar títulos. Agora, é uma situação diferente – reconheceu Tinga.
O volante, que começou a carreira no próprio Grêmio em 1997, foi titular em toda a temporada. Não se lesionou nenhuma vez em quase um ano de Borussia e só ficou fora de um jogo, suspenso por cartões amarelos.
Após cinco temporadas no Grêmio (foi emprestado também ao Frontale-JAP e ao Botafogo), Tinga deixou o clube e se transferiu para o Sporting, de Portugal. Em 2005, retornou a Porto Alegre para defender o Inter. Após o título da Libertadores, saiu para o Borussia Dortmund. Atuou duas vezes na Seleção sob o comando de Dunga.