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 | 30/03/2007 20h25min

Greve dos controladores fecha todos os aeroportos do país

São autorizados apenas pousos de vôos que já estão no ar

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) informou na noite desta sexta-feira que todos os 49 aeroportos comerciais do país estão parados para decolagens. O motivo é o protesto dos controladores de vôo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (Cindacta). Em Brasília, o Aeroporto Internacional Internacional Juscelino Kubitschek está fechado desde as 18h44min.

O ex-presidente da Associação dos Controladores de Vôo de Brasília, José Ulisses Fontenelle, confirmou que a categoria está fazendo uma paralisação com greve de fome. Segundo ele, é um protesto contra represálias do Comando da Aeronáutica, que estaria transferindo de cidade operadores que tinham cargo de direção na associação.

Na capital federal, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, se dirigiu para a sede do Cindacta 1, que monitora os aeroportos do Sudeste e do Centro-Oeste, para dar voz de prisão aos controladores de vôo que estariam participando da paralisação. De acordo com o site G1, Saito perguntará aos controladores quem está participando da suposta greve. Quem responder que está participando da paralisação será preso. O Jornal Nacional informa que 18 controladores já foram detidos.

Tropas da Infantaria, da Força Aérea Nacional e da Polícia Federal (PF) estão de prontidão para dar suporte e ajudar na crise aérea instaurada nesta sexta-feira.

Esta tarde, o ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou que o Estado democrático e as famílias brasileiras "não podem ficar reféns de ninguém". Ele esteve reunido nesta sexta com os presidentes da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.

– Os problemas de hoje vem de décadas e demoram a ser resolvidos. Todos nós precisamos de paciência – afirmou, depois do encontro. Esta semana, o presidente da Infraero já havia dito que é impossível determinar prazo para o fim da crise, como havia pedido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

AGÊNCIA BRASIL
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