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 | 23/03/2007 14h10min

Anac diz que aviação em alta sofre com gargalos de infra-estrutura

Reparo da pista principal de Congonhas deve começar em abril

O governo se recusa a admitir os termos "caos e crise" enfatizados pela imprensa. O diretor-presidente da Agência Nacional da Aviação Civil, Milton Zuanazzi, prefere encarar a situação do sistema operacional aéreo brasileiro como um conjunto de problemas num ambiente onde a infra-estrutura está saturada e cujo sistema operacional encontra-se pressionado por um crescimento significativo na demanda e oferta de assentos nos últimos três anos. Em palestra realizada no Fórum Panrotas, evento que reuniu 1,2 mil participantes do setor de turismo em São Paulo, e contou com a presença dos ministros Mares Guia (Turismo), Zuanazzi abordou os principais problemas, apontando gargalos no sistema.

– Nossas projeções todas são de crescimento e de saturação em alguns aspectos de infra-estrutura. Há um grande gargalo no Brasil. Quando se olha um aeroporto não se pode olhar só a pista, o terminal de passageiros ou só o sistema de pátio. Tem que olhar os três conjuntamente. Muitas vezes um equipamento está apto para terminal de passageiros e não está apto em pistas ou em pátio. Essa é o que considero a nossa crise, ou, corrigindo a mim mesmo, estes são os nossos problemas. Alguns não têm solução a curto prazo, alguns têm. Temos que ter capacidade para resolvê-los – avaliou.

No centro deste sistema, o Aeroporto de Congonhas – o hub da aviação brasileira – aparece como um ponto crucial e um dos principais problemas que precisam ser solucionados. Com a expectativa de iniciar o reparo da pista principal de Congonhas em abril, Zuanazzi explicou que a obra foi postergada devido às condições meteorológicas.

O sistema operacional de controle aéreo – cujos equipamentos do Cindacta já se mostram insuficientes ou ultrapassados – e a situação trabalhista dos operadores deste sistema (os controladores de vôo) também são outros pontos estratégicos e questões que precisam ser resolvidas para que a situação volte à normalidade. Mas sobre isto, disse Zuanazzi, a Anac pouco pode fazer, já que são decisões que devem ser tomada em outras instâncias, num debate que está sendo conduzido pelo Ministério da Defesa.

AGÊNCIA O GLOBO
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