| 21/03/2007 20h13min
O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, afirmou nesta quarta que não há crise no setor aéreo. Segundo ele, há apenas problemas no setor. Apesar disso, Zuanazzi concordou que os problemas são sérios e se concentram nas áreas de infraestrutura, controle aéreo e no alto nível de concorrência entre as empresas do setor.
– Que crise é essa em que há aumento no investimento das empresas do setor? Que crise é essa com expansão do setor? – disse o presidente.
Zuanazzi apresentou números que indicam que, entre 2005 e 2007, as empresas aéreas investiram, e ainda vão investir, um total de R$ 2 bilhões, além de terem anunciado planos para receber mais de 50 novas aeronaves com capacidade para mais de 100 passageiros cada.
Segundo ele, porém, houve um atraso em investimentos de infraestrutura que criaram um gargalo na área, e que se faz sentir diretamente em aeroportos mais saturados, com Congonhas, em São Paulo, e Brasília.
– As obras que estão sendo feitas agora em Congonhas deveriam ter sido feitas há dez anos. Agora elas vão servir apenas para recuperarmos o tempo perdido. A infraestrutura não acompanhou o crescimento da concorrência – disse.
De acordo com Zuanazzi, os R$ 3 bilhões do orçamento, contando recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a Anac até 2010 serão suficientes para corrigir os problemas do setor. Ainda assim, ele reconheceu que esse dinheiro será suficiente apenas para as necessidades de curto prazo da agência. Ou seja, não engloba as expansões além das necessárias para adequar o setor a situação atual.
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