| 17/03/2007 11h15min
O gaúcho Paulo Ricardo Pereira da Silva Pithan, de 32 anos, preso em flagrante por crime de compra de crianças em falsidade ideológica e documental em Recife, Pernambuco, também será investigado no Rio Grande do Sul. Uma foto dele será mostrada ao casal Adão Ruood, de 34 anos, e Sandra Campos, de 29 anos, suspeito de raptar 30 adolescentes gaúchas.
Pithan, que está há um ano em Pernambuco, estava com um bebê no colo quando foi surpreendido por policiais. A própria mãe da criança, Juliana de Santos Moura, foi quem denunciou o crime, após se arrepender de ter vendido a filha dela.
A criança nasceu no dia 8 de março em um hospital em Olinda e saiu de lá com a declaração de nascido vivo em nome da mãe adotiva Adriana Aparecida Sena Trindade, cunhada de Pithan, que mora no Rio Grande do Sul. Adriana e a mãe do bebê também serão indiciadas criminalmente. Juliana, no entanto, ficará em liberdade por enquanto, por ter procurado a polícia espontaneamente.
O
gaúcho nega ter participação em crimes
de tráfico de bebês. O hospital onde a menina nasceu divulgou uma nota de esclarecimento onde se compromete a colaborar com as investigações policiais e afirma que não teria sido registrada qualquer ocorrência que levantasse suspeita. A polícia de Recife pretende investigar a irregularidade praticada no hospital, pois o nome da gestante foi trocado na documentação fornecida pela unidade de saúde.
O chefe de investigação da Polícia Civil de Gravataí, na Grande Porto Alegre, Adílson Silva, disse não ter dúvidas de que Paulo Pithan esteja envolvido neste tipo de crime. Silva não descarta a atuação de uma outra quadrilha no Rio Grande do Sul, caso Ruood e Sandra não identifiquem o homem detido em Pernambuco.
O casal pediu proteção à polícia para poder denunciar mais integrantes da quadrilha. Eles informaram que duas quadrilhas atuam no país. A primeira é a que eles participam e a segunda é a de estrangeiros que levam bebês para o Exterior.