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 | 15/03/2007 07h00min

Tarso e Bacci se reúnem no final de semana para tratar de segurança no RS

Criação de 8 mil vagas em presídios é uma das prioridades para reduzir superlotação

Às vésperas de se tornar o 19º gaúcho a comandar o Ministério da Justiça desde a proclamação da República, Tarso Genro prometeu que o titular da Segurança do Estado, Enio Bacci, deve ser o primeiro secretário estadual com quem se reunirá.

– Historicamente, ministros da Justiça gaúchos trazem obras – disse Bacci.

Em um telefonema ao meio-dia de terça-feira, o secretário e Tarso marcaram um encontro informal no final de semana em Porto Alegre. A pedido de Bacci, o contato foi intermediado pelo secretário nacional de Segurança Pública, o gaúcho Luiz Fernando Corrêa, que também participará da reunião. Tarso assumirá o ministério amanhã, em Brasília.

Bacci apresentará uma lista de pedidos de liberação de verbas. A criação de pelo menos 8 mil vagas em presídios gaúchos é uma das prioridades para diminuir a superlotação no sistema.

– Houve a disposição de nos dar uma atenção especial. Tarso disse que gostaria de me receber na primeira audiência porque o Rio Grande é o Estado dele. Estamos festejando esse elo forte com o governo federal – afirmou Bacci, que aguarda um chamado do ministro.

A boa vontade de Tarso não está restrita ao Estado. Ontem, ele conversou com o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), numa estratégia de aproximação com as administrações estaduais. Na avaliação do especialista em Segurança e Justiça Criminal Rodrigo Azevedo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), aumentar a integração entre ações estaduais e federais é uma das principais tarefas do ministro.

– É preciso apostar na capacidade de manter e melhorar a política de construção única de segurança, integrando governos federal e estaduais. Outro grande desafio é consolidar um sistema de penitenciárias federais – afirmou Azevedo.

Como comandante da Justiça, Tarso será responsável por 17 órgãos e duas autarquias que tratam de combate à violência, anistiados políticos, questões econômicas e proteção aos índios. Além disso, terá de planejar políticas públicas que protejam a população. O enfrentamento do crime organizado, que promoveu a queima de ônibus no Rio e em São Paulo, será uma das maiores dificuldades.

Outra missão será articular projetos de interesse do governo no Congresso, como a aprovação da reforma política, que prevê mudanças no sistema eleitoral. Especialistas acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu fortalecer a função ao nomear o ex-ministro das Relações Institucionais.

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