| 13/03/2007 23h43min
A filha do milionário da Mega-Sena assassinado no dia 7 de janeiro, Renata Senna, disse nesta terça-feira à polícia que tinha planos de pedir a interdição do pai e passar a administrar seu patrimônio.
Conforme o site G1, a herdeira da fortuna confirmou ainda que chegou a ser ameaçada de morte na época pela madrasta Adriana Almeida, que teria ouvido sua conversa com Renné Senna.
– Ela já tinha falado isso para ele, em junho do ano passado, por causa das atitudes dele, mais e mais manipulado por Adriana. E voltou ao assunto em novembro, quando o milionário tranqüilizou a filha dizendo que já sabia com quem tinha se casado e pretendia retirar Adriana do testamento – disse o advogado de Renata Marcos Rangoni, procurado por ela desde então para cuidar do processo de interdição.
Renata contou ainda que Adriana ouviu a tal conversa e que chegou a ser ameaçada pela madrasta na época.
Se interditado, a fortuna de Renné passaria a ser gerida por Renata. A vendedora já havia deposto no Ministério Público de Rio Bonito, no dia do enterro do pai. O advogado de Adriana, Alexandre Dumans, diz que não pode confirmar se houve tais ameaças porque desconhece o episódio e afirma que nunca conversou com sua cliente sobre o assunto.
De acordo com as investigações, foi justamente a partir de novembro que Adriana passou a ter contatos mais freqüentes com Anderson Sousa, ex-segurança também preso suspeito de envolvimento no crime. Segundo a polícia, ele seria o ator dos disparos que matou Renné.
Ainda segundo o depoimento de Renata, o pai havia lhe telefonado no dia 4 de janeiro, depois da briga em que Adriana saiu de casa, pedindo que ela fosse encontrá-lo, porque, de acordo com ela, “ele viu Adriana fazer uma coisa que nunca achava que ela fosse capaz”.