| 23/02/2007 00h34min
A polícia está cada vez mais convencida de que Adriana Almeida, viúva do milionário da Mega-Sena buscar Renné Senna, assassinado em 7 de janeiro, foi a mandante do crime. Adriana depôs por cerca de nove horas nesta quinta-feira na Delegacia de Homicídios, no Centro do Rio.
– Há bastante indícios que justificam a manutenção da prisão (de Adriana). Temos elementos que ajudam na formação dessa nossa convicção – disse o delegado Roberto Cardoso, responsável pela investigação.
De acordo com G1, Cardoso destacou que a viúva e Renné brigavam muito e o milionário já não a queria mais como esposa por causa dos seus vários amantes. Com base nessa convicção, Cardoso vai pedir à Justiça a prorrogação da prisão temporária da acusada.
Segundo o delegado, Adriana deu detalhes sobre a suposta trama do ex-segurança e homem de confiança de Senna, David Vilhena, para matar o também ex-segurança Anderson Sousa, preso por ser o suspeito de ser o autor
dos disparos que mataram Renné Senna e
também de estar envolvido no assassinato de David.
A viúva contou no depoimento que David e Renné tiveram a idéia de matar Sousa depois que ele foi demitido por supostamente tramar o seqüestro da filha dela. A morte seria encomendada por R$ 70 mil, mas Adriana disse ter considerado a iniciativa absurda e abortado a idéia.
De acordo com o relato do depoimento feito pelo delegado, a viúva e Renné ficaram com medo de Sousa e decidiram, na época, deixar a fazenda onde moravam em Rio Bonito, no Rio de Janeiro. Ela também reafirmou à polícia que mantinha relações sexuais normais com o milionário. O delegado informou também que Adriana procura incriminar Sousa no assassinato de David Vilhena, morto em setembro de 2006.