| 11/03/2007 18h04min
A convenção nacional do PMDB confirmou hoje a reeleição do deputado Michel Temer (SP) na presidência nacional da legenda para o biênio 2007/2009. Conforme o site G1, dos 602 votos apurados, Temer recebeu 598, mais de 80% do total. Houve dois votos em branco e dois nulos. Em sua fala, ao chegar no diretório, Temer disse que o PMDB já está se organizando para concorrer com candidato próprio à Presidência em 2010, e sonha com apoio do presidente Lula e dos outros partidos outros partidos da coalizão do governo.
– O PMDB é o maior partido da coalizão, então é evidente que vai postular essa candidatura.
A candidatura própria não é idéia apenas do presidente reeleito. O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, presidente regional do PMDB, também ressaltou a intenção do partido em manter-se na base de apoio do atual governo.
– Esta composição [Diretório Nacional] no partido é no sentido de manter a coalizão do governo. Eu trabalho para o PMDB ter candidato em 2010 – afirmou.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), esteve no Centro de Convenções de Brasília, para prestigiar a convenção e dar apoio ao PMDB como partido da coalizão. Chinaglia atribuiu a sua vitória à presidência da Câmara dos Deputados ao apoio do partido. Ele disse que sua presença na convenção era uma forma de homenagear os líderes do partido:
– O PMDB é um partido importante da coalizão de governo. Estou certo do papel fundamental do partido no processo que culminou em minha vitória para a presidência da Câmara.
O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, também defendeu a candidatura própria do PMDB em 2010 e lembrou o episódio de sua greve de fome no ano passado em que defendia a candidatura própria do PMDB já nas eleições de 2006.
– Não podemos deixar mais essa oportunidade passar. Somos um grande partido, fazemos parte da coalizão, mas não somos sucursal do PT – afirmou.
Esta foi a primeira vez em em alguns anos que uma convenção não foi marcada por grandes disputas e por eventos violentos, relatou a Globo News, uma vez que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim desistira da candidatura na semana passada.
O boicote do grupo que defendia a candidatura de Jobim foi menor do que o esperado. No entanto, alguns convencionais de estados ligados ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao senador José Sarney não votaram. As maiores ausências foram dos estados de Alagoas e do Pará.
AGÊNCIA BRASIL