| 09/03/2007 22h20min
A saída de Bush de São Paulo não foi suficiente para que a cidade retomasse sua rotina. O presidente norte-americano passou pouco menos de 24 horas no Brasil.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, por volta das 19h, uma hora depois de Bush ter partido para Montevidéu, a cidade sofria com 144 quilômetros de engarrafamentos ou pontos de retenção na passagem de veículos.
A extensão do caos superava a média de 132 quilômetros de engarrafamento para uma noite de sexta-feira, e foi o quarto maior congestionamento registrado este ano em São Paulo, cidade que possui cerca de 5 milhões de automóveis.
Já na quinta-feira, São Paulo ficou paralisada devido aos protestos contra a visita de Bush ao Brasil, que deixaram cerca de 20 feridos. Nesta sexta-feira, o caos foi provocado pelo fechamento de ruas e estradas para permitir a passagem das caravanas americanas.
Bush atravessou hoje grande parte da cidade em três oportunidades, a primeira quando milhares de paulistanos iam para o trabalho e a última no final da tarde, quando os trabalhadores tentavam voltar para casa.
O bloqueio de importantes vias por parte dos cerca de 4.000 agentes de segurança mobilizados para garantir a segurança de Bush, entre eles 300 americanos com permissões para andar armados no Brasil, provocou um gigantesco engarrafamento na noite desta sexta-feira.
Apesar de os engarrafamentos serem comuns na rotina dos paulistanos, os provocados hoje pela visita de Bush irritaram muitas pessoas que, devido às vias bloqueadas, não conseguiram chegar ao trabalho ou levar os filhos para a escola.
– Não têm direito de fechar uma estrada tão importante como esta apenas para que uma pessoa passe, e especialmente em uma hora na qual milhares de pessoas querem voltar para casa – disse um motorista que foi barrado pela Polícia e não pôde passar pela Avenida das Nações Unidas, na zona sul de São Paulo.
Justamente a zona sul da cidade, região onde fica o hotel onde Bush ficou hospedado, foi a mais afetada, com ruas bloqueadas até para os pedestres.
AGÊNCIA EFE