| 04/03/2007 19h00min
Na ensolarada tarde deste domingo no Maracanã, o bem armado time do Madureira surpreendeu a torcida e o time do Flamengo e saiu em vantagem na decisão da Taça Guanabara, vencendo a primeira partida por 1 a 0. O único gol foi marcado por Maicon, meia revelação do Tricolor, aos 27 minutos do segundo tempo, e colocou o Madureira em vantagem para o segundo jogo, na próxima quarta-feira. A equipe só precisa de um empate para levar a taça.
Os primeiros 45 minutos da partida foram de uma típica decisão, com muita disputa no meio-de-campo e poucas chances claras de gol. As duas equipes mostravam respeito mútuo, mas o Madureira, talvez em uma posição de desafiante, parecia mais preocupado em não abrir sua defesa e atacar só quando o adversário estava desguarnecido.
Bem postado em campo, o Tricolor suburbano concentrava a marcação em seu campo e congestionava o meio, obrigando ao Flamengo e dar muitos passes em busca da penetração. A equipe de Ney Franco, por sua vez, manteve a iniciativa no confronto durante toda a primeira etapa, mas seus dois homens de frente, Souza e Roni, além de bem marcados, não estavam em tarde inspirada.
Mas a primeira chance foi do Madureira. Logo aos dois minutos, Maicon roubou a bola de Souza, puxou contra-ataque e, após um tumulto na área, Amarildo bateu por cima do gol. O Flamengo responde num chute forte de Renato Augusto, que recebeu bola atrasada de Souza, mas finalizou por cima do travessão.
O domínio rubro-negro foi se acentuando durante a etapa, com o Madureira recuando e cometendo muitas faltas. O número de escanteios para cada lado ilustra bem o que aconteceu em campo: oito a um para o Flamengo. Entretanto, poucas vezes a torcida se levantou na iminência de um gol. Aos 29, Renato cobrou falta da direita e levantou na área. O zagueiro Irineu desviou de cabeça e a bola passou perto do gol, com Everton já batido no lance.
A melhor trama do ataque do Flamengo foi aos 42, quando de toque em toque a bola acabou dentro da área com Leonardo Moura. O lateral tocou de calcanhar, Roni pegou de primeira e a bola tinha endereço certo, mas Léo Fortunato entrou, cortando para escanteio.
Mal começou a segunda etapa e um lance mudou o panorama da partida. Aos dois minutos, num contra-ataque rápido do Madureira, Marcelo entrou na área e foi derrubado. O árbitro entendeu que o atleta se jogou e, após as reclamações do mesmo, aplicou o cartão amarelo. Como o jogador já havia sido advertido no primeiro tempo, acabou expulso.
Mesmo com um homem a menos em campo, o Madureira continuou bem organizado em campo, e mostrou uma valentia que faltava ao Flamengo, que, apesar do aparente domínio, parecia dispersivo. Vendo a sua equipe sem o ímpeto necessário, Ney Franco colocou Juninho Paulista no lugar do lateral Juan, deslocando Renato para a esquerda. O meia bem que tentou dar novo ritmo ao time, mas a apatia tomava conta da equipe.
O Madureira seguiu seu plano e continuou tentando chegar nos contra-ataques. E aos 27 minutos, conseguiu o gol que lhe deu a vitória. Maicon recebeu a cobrança de um lateral na intermediária, avançou em direção ao gol e soltou uma bomba de perna esquerda, sem chance para Bruno. Na comemoração dos jogadores do Madureira, criou-se uma confusão no gol do Fla, em que Moisés e Fábio Júnior trocaram agressões. O zagueiro Rubro-negro levou a pior e foi expulso pelo árbitro.
Nos pouco mais de 15 minutos antes do apito final, o Flamengo partiu de qualquer maneira em busca do empate, mas preveleceu a ineficiência de seu ataque e a excelente atuação da defesa do Madureira, com destaque para o incansável Léo Fortunato.
GAZETA PRESS