| 16/02/2007 11h03min
Representantes de Brasil e Estados Unidos concordaram nesta quinta que é necessário um avanço nos próximos meses nas negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) para manter o otimismo atual.
Em uma videoconferência a partir de Genebra, o representante do Brasil na organização, Clodoaldo Hugueney, afirmou que "se não houver resultados nos próximos três meses ocorrerá uma perda de interesse" e também desaparecerá "o impulso e o otimismo atuais".
– Precisamos de um grande avanço o mais rápido possível – afirmou Hugueney.
No ato realizado na Câmara de Comércio norte-americano em Washington também participou o vice-representante de Comércio Exterior dos EUA, John Veroneau, que disse que tem a esperança de conseguir progressos "a curto prazo" e que se mantém otimista de que as diferenças podem ser reduzidas nos temas agrícola, de serviços e de produtos.
O embaixador brasileiro assinalou que as
negociações acontecerão em nível bilateral e multilateral, e
acrescentou que as diferenças entre os países-membros da OMC podem ser desfeitas.
Se a redução de tarifas e subsídios não fosse suficientemente difícil em si mesma, uma nuvem que obscurece as perspectivas da OMC é o fim da Autorização para Promoção de Comércio (TPA, em inglês) da administração do presidente George W. Bush.
– Necessitamos a extensão da TPA para poder concluir a Rodada de Doha – ressaltou Hugueney.
Bush solicitou sua renovação, mas enfrenta um Congresso dominado pelos democratas que olha com desconfiança as negociações comerciais.