| 11/02/2007 12h39min
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, expressou hoje no Cairo sua esperança que o "Acordo de Meca" assinado entre Hamas e Fatah persista e se comece a aplicar no marco de um governo de união nacional.
Segundo a agência oficial de notícias Mena, Abbas fez estas declarações em entrevista coletiva realizada após se reunir com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, durante uma visita de várias horas ao Egito.
Abbas, que assinou o acordo na quinta em Meca junto com o principal responsável pelo Hamas, Khaled Mashaal, assegurou que as "boas intenções ou os desejos para afiançar a situação palestina" são as garantias para que siga adiante.
No entanto, Abbas, também dirigente do Fatah, advertiu que a situação será difícil se essas intenções não existirem.
Abbas insistiu em que o novo governo palestino que se formará dentro de alguns dias deve respeitar a carta de designação, que foi lida durante o anúncio
do Acordo de Meca.
Nessa carta o responsável
do Fatah pediu ao primeiro-ministro palestino (do Hamas), Ismail Haniyeh, que reconhecesse os acordos internacionais e os pactos assinados pela Organização para a Libertação da Palestina (o que incluiria os acordos alcançados com Israel).
Em relação ao processo de formação do novo gabinete, Abbas explicou que o primeiro-ministro palestino, Ismael Haniyeh, deve apresentar primeiro a renúncia de seu Governo e depois será enviada a carta de designação para que comecem as consultas com as diferentes facções e pessoas independentes para a formação do novo executivo.
Segundo a Constituição, esse processo demorará três semanas, às quais devem ser acrescentadas outras duas, acrescentou Abbas.