A bancada do PT definiu hoje as comissões cuja presidência pretende pleitear na reunião de líderes marcada para amanhã. As prioridades serão a comissão de Finanças e Tributação, a de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, e a de Desenvolvimento Urbano. Os deputados fizeram as escolhas por meio de votação secreta.

Considerada uma das mais importantes comissões da Câmara, a Comissão de Finanças e Tributação avalia a adequação financeira e orçamentária de projetos que envolvem recursos públicos. No ano passado, o PT presidiu a comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), a de Educação e Cultura e a de Direitos Humanos e Minorias.

A distribuição dos cargos nas comissões é feita pelo critério da proporcionalidade partidária no início de cada legislatura. Esse critério prevê que, de acordo com o número de deputados eleitos, a Mesa Diretora calcula o número de cargos a que cada partido terá direito.

O critério, no entanto, pode ser influenciado pela formação de blocos partidários, como ocorreu nesta legislatura - 17 partidos se juntaram em três grandes blocos. O bloco PMDB - PT - PTB - PP - PR - PSC - PTdoB - PTC terá direito a 11 presidências de comissões. O bloco PSDB - PFL - PPS terá direito a 6 presidências de comissões. Já o bloco PSB - PCdoB - PDT - PAN - PMN - PHS deverá ficar, segundo a proporcionalidade, com a presidência de 3 comissões.

Os líderes partidários adiaram para esta quinta-feira, às 14h, a distribuição das presidências das comissões que havia sido marcada para hoje de manhã. Segundo o líder do P-Sol, deputado Chico Alencar (RJ), que participou da reunião de hoje, os dois maiores blocos estão com dificuldades de acomodar as demandas por causa de seu tamanho.

O líder do PSDB, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), negou que haja disputa entre os partidos que compõem seu bloco. Ele lembrou que foi realizado hoje um almoço entre as lideranças do PSDB, do PFL e do PPS para "afinar os instrumentos".