| 07/02/2007 09h25min
Ameaçado de isolamento na disputa interna pelo controle do PT, o grupo que propõe a “refundação” do partido, liderado pelo ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, suprimiu a palavra “corrupção” do documento “Mensagem ao Partido”.
Desde a divulgação de trechos do documento, integrantes do Campo Majoritário vêm bombardeando a tentativa de Tarso de assumir o Ministério da Justiça. O texto será apresentado na sexta-feira, no aniversário de 27 anos do PT, em Salvador. O documento original, escrito por Tarso há duas semanas, dizia que “o PT viveu uma crise de corrupção ética e programática”.
A nova versão também diz explicitamente que o objetivo da crítica não é apontar responsabilidades individuais. Segundo fontes petistas, a intenção é evitar que o documento seja interpretado como apenas mais uma peça na contenda entre Tarso e o deputado cassado José Dirceu, do grupo Campo Majoritário.
- Nosso partido ainda não superou a crise originária da hegemonia absoluta de um núcleo dirigente (...) Esta constatação não é registrada para incriminar indivíduos nem se refere a uma única tendência, mas pretende alertar o partido para a necessidade de recuperação dos princípios democráticos que formaram a fundação do PT, visando superar uma forma de direção que, se é verdade que foi capaz de nos dirigir para a vitória de Lula em 2002, também nos legou uma grave crise ética e política –, diz a versão atual.
AGÊNCIA GLOBO