Em sua primeira semana como presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) desviou de temas espinhosos ao falar com jornalistas. Depois de afirmar que a reunião de líderes havia sido "muito boa", Chinaglia não quis se posicionar sobre a possível anistia de José Dirceu.

– Queria elogiar a criatividade de vocês por ter mantido esse tema por tanto tempo. Se um dia aparecer algum projeto ou algo parecido, terei grande prazer em responder a vocês – ironizou.

Dirceu, que foi ministro da Casa Civil nos primeiros anos do primeiro governo Lula, teve seus direitos políticos anulados até 2015. O ex-deputado teve seu mandato cassado há quase dois anos, por envolvimento no mensalão, mas pode vir a reavê-los, caso um projeto de iniciativa popular ou de um deputado assim peça.

Chinaglia também não quis polemizar sobre os supersalários que alguns funcionários da Câmara receberiam:

– Não vamos discutir salários neste momento. Poderia ser interpretado como interesse menor dos parlamentares. Vamos ter calma. Se existem supersalários, a maneira de estabelecer isso é definindo o teto. Não sabemos a que valor estamos nos referindo.