| 19/01/2007 19h48min
O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateu nesta sexta-feira a declaração de que o governo esteja negociando com parlamentares em torno da eleição para a presidência da Câmara.
– O governo não autorizou ninguém a fazer qualquer proposta, nem para o grupo que apóia o Aldo Rebelo (PCdoB) e nem para o grupo que apóia o Arlindo Chinaglia (PT-SP). O governo não garante nenhuma proposta que eventualmente seja feita. Não é uma moeda correta – disse o ministro
Na quinta-feira, o candidato da terceira via, Gustavo Fruet (PR), criticou a postura do Executivo em relação à disputa afirmando que “o governo até agora não anunciou novo ministério, esperando eleição da Mesa da Câmara".
– Isso é sinal de dependência, porque dá a impressão de que depois da eleição aliados vitoriosos poderão ser premiados – disse Fruet.
Tarso Genro reiterou que o Executivo não vai tomar partido na sucessão no Legislativo e que o fato de a base aliada ter dois candidatos na disputa não vai diluir a integração entre os governistas ou abalar a coalizão.
– Nossa preocupação é com os efeitos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Este sim terá reflexos na manutenção da coalizão – afirmou.
Tarso disse ainda que o plano, que será apresentado na segunda-feira, trará medidas que contribuirão para o desenvolvimento, e que se as lideranças partidárias desejarem poderão fazer ajustes ao plano.
– As diretrizes fundamentais que o PAC apresenta não serão transformadas, Agora, a adequação do processo de aprovação, de modificação de normas, de dosagens, evidentemente tudo pode ser ajustado – disse.
Ao ser indagado sobre a possibilidade de haver um segundo turno na eleição da Câmara, com a candidatura do deputado Gustavo Fruet, o ministro respondeu:
– Se isso acontecer, a base aliada estará junta. Todos os partidos estarão juntos para votar naquele candidato que passar para o segundo turno.
AGÊNCIA BRASIL