| 15/01/2007 14h28min
O deputado estadual reeleito Joares Ponticelli, presidente do PP em Santa Catarina, criticou nesta segunda-feira o comando nacional do partido. Questionado se o PP nacional tem responsabilidade pelas denúncias contra progressistas, como a que atingiu ontem o deputado federal João Pizzolatti (PP-SC), Ponticelli respondeu:
– Eu não tenho dúvida – disse, em entrevista à rádio CBN/Diário. – Tenho posição contrária ao comando que aí está: sonho e vou trabalhar muito para ver nosso partido sobre outro comando a partir da convenção nacional de abril.
Em férias com a família, Ponticelli soube apenas hoje pela manhã da denúncia da revista Veja contra o deputado federal e vice-líder da bancada do PP na Câmara.
Ele elogiou a disposição de Pizzolatti de encaminhar o caso à Comissão de Ética da Casa, mas destacou que o colega tem ligação estreita com o comando nacional, ao contrário da maioria dos correligionários catarinenses e gaúchos.
Na edição publicada domingo, Veja acusou Pizzolatti de propor novo mensalão. No início do ano, o catarinense se reuniu com o também pepista Ciro Nogueira para tratar da sucessão na presidência da Câmara.
Ciro apóia o atual presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP), enquanto Pizzolatti trabalha em favor da candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP).
De acordo com a revista, Pizzolatti disse, na reunião, que Ciro deveria trocar de lado na disputa porque "o esquema está operando de novo", numa referência ao mensalão.
O catarinense classificou a reportagem como "invenção estúpida" e pediu à Comissão de Ética que apure o caso.
Quando o caso mensalão veio a público, em 2005, Pizzolatti foi citado pelo deputado cassado Roberto Jefferson como possível integrante do esquema.
Depois, nada foi provado contra o catarinense.
CBN/DIÁRIO