| 15/01/2007 09h41min
O Partido Progressista (PP) inicia esta semana como novo foco da discussão em torno da presidência da Câmara, que já provocou rachas tanto na oposição quanto dentro dos partidos que integram o grupo de coalizão do governo.
No centro da nova polêmica está o deputado federal catarinense reeleito João Pizzolatti, vice-líder do PP na Câmara. Ele foi citado numa reportagem da revista Veja, que chegou ontem às bancas, como autor de uma nova proposta de "mensalão", desta vez em troca de apoio à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Ontem, Pizzolatti negou a acusação, que definiu como "uma invenção estúpida". E prometeu acionar a Comissão de Ética da Câmara para identificar e responsabilizar o autor das declarações à revista.
A matéria diz que a proposta teria sido feita ao também pepista Ciro Nogueira, coordenador da campanha de Aldo Rebelo (PC do B-SP), que disputará o comando da Câmara com Chinaglia.
Segundo o deputado catarinense, Ciro Nogueira foi quem o procurou para discutir a posição da bancada. Pizzolatti disse que informou a Ciro Nogueira que a maioria do partido estava com Chinaglia, a partir de um levantamento do qual foi incumbido de fazer pelo líder progressista na Câmara, Mário Negromonte.
– Foi ele (Ciro) quem me ligou. Posso ser tudo, menos burro. Não seria imbecil de fazer uma proposta dessas, muito menos após um processo desgastante de investigações sobre a existência de mensalão – afirmou o catarinense.
Ele disse que acionará, primeiro, a bancada do PP para apurar as responsabilidades sobre o caso. Entende que a imagem do partido ficou enxovalhada com a publicação que, segundo ele, está equivocada.
– Se foi o Ciro quem deu as declarações, será representado na Comissão de Ética. Se não foi, o partido decidirá se vai acionar ou não a revista – disse.
O PP deve se reunir na quarta-feira, em Brasília, para discutir sobre qual dos candidatos apoiará na escolha do presidente da Câmara.
DIÁRIO CATARINENSE