| 07/01/2007 20h07min
O técnico Mano Menezes comandou um treino neste domingo em Bento Gonçalves. Cerca de 300 pessoas assistiram aos trabalhos e à entrada dura do zagueiro Schiavi em Wellington. Aos 20 minutos do treinamento, o lateral viu o espaço se abrir a sua frente, pelo lado esquerdo. Quando preparava o cruzamento, sentiu o impacto de um choque e caiu no gramado, com a mão no tornozelo esquerdo. Era o xerife que havia aparecido, afastando a bola a atingindo o companheiro na seqüência.
Wellington ficou estendido no gramado, provocando uma disparada do médico Alarico Endres para atendê-lo. O próprio Schiavi, preocupado, ficou por alguns instantes ao lado, observando a reação do novo companheiro. O lance foi capaz de aquietar a ruidosa torcida que comparecera ao Complexo Esportivo do São Paulo, no Bairro do Borgo.
Após o alongamento, protegidos do sol enquanto comiam maçãs distribuídas pelos massagistas Zezinho e Marquinhos, os jogadores ainda riam do que havia ocorrido. Menos Wellington.
– Isso que o homem (o técnico Mano Menezes) pede para não dar carrinho. Imagina quando ele pedir. Se pega de cheio, arranca o meu pé fora – protestou o lateral-esquerdo.
Sorrindo um pouco sem graça, vacilando no português, Schiavi tentava explicar o ocorrido. Percebendo o constrangimento do argentino, Tuta saiu em sua defesa.
– É final de Libertadores, não é, Schiavi? Com eles, é assim. E o juiz só manda seguir – disse o centroavante.
Schiavi, que tem vaga garantida, formou dupla de área com Pereira neste domingo. Diego Souza e Tcheco compuseram o meio-campo com Nunes e Carlos Eduardo, duas alternativas de banco. Só no jogo-treino contra o time amador do Flamengo, sábado, é que se perceberá qual o esboço de time para a estréia no Gauchão, dia 20, em Cidreira, contra o São José. O domingo, porém, antecipou aos gremistas como funcionará a defesa sob as ordens do defensor argentino.
LUIS HENRIQUE BENFICA / ZH