| 22/11/2006 21h49min
O jogador do Figueirense, Carlos Alberto, esteve na tarde desta quarta-feira, dia 22, no clube alvinegro para conversar sobre o seu futuro. Ele tem prazo até sexta-feira para recorrer da suspensão de um ano imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na noite desta terça-feira, no Rio de Janeiro. O volante alvinegro foi punido por ter adulterado documentos que diminuíram a sua idade em cinco anos – tem na verdade 28 anos e não 23. Incluso no artigo 234, a pena previa um gancho de 180 a 720 dias e, num eventual recurso, Carlos Alberto vai tentar a punição mínima.
Quem também pode entrar com o recurso é o procurador do STJD, Paulo Schmitt. No caso, para aumentar a pena, que teria considerado muito branda.
Por orientação do advogado do Figueira no Rio, Mário Bittencourt, Carlos Alberto não está concedendo entrevistas oficialmente. O receio é que uma declaração mal-interpretada possa prejudicar o jogador em um novo julgamento, no Tribunal Pleno do STJD.
O vice-presidente jurídico João Batista Baby entende que um recurso deve ser impetrado, mas a decisão final cabe ao jogador, réu confesso no processo.
– Seria interessante entrar com este pedido. Mas cabe ao atleta decidir. Nós colocamos a situação para ele, que vai pensar, pretende conversar com uma irmã também, e depois vai nos comunicar. O recurso já está até redigido, é só protocolar – explica Baby.
O futuro de Carlos Alberto no Figueirense está incerto. O jogador tem vínculo com o clube até o final do ano e sua situação deverá ser definida após a confirmação da pena no STJD. Isso, no entanto, não impede que o volante reinicie suas atividades no alvinegro.
– Nos próximos dias já deveremos conversar sobre isso com o (gerente de futebol) Anderson (Barros), para acertar a volta dele aos treinos, separado do grupo – explicou Baby.
Além do processo desportivo, Carlos Alberto também responde pela falsificação de documentos na esfera criminal. O Figueirense contratou outro advogado, Walmer Machado, especialista na matéria, para cuidar deste processo específico. O jogador tem um depoimento marcado para o dia 30, na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Na ocasião, vai apresentar seu passaporte falso e prestar esclarecimentos.
– Este é um processo bem mais complicado, demora bem mais tempo, tem que deixar correr – diz Baby.
COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO CATARINENSE E CBN/DIÁRO