| 21/11/2006 18h07min
O volante Carlos Alberto não estará presente no seu julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, que será realizado na noite desta terça, dia 21. A decisão faz parte da estratégia dos advogados de defesa do Figueirense, João Batista Baby e Mário Bittencourt. O volante, que ficou em Florianópolis, será julgado pela Comissão Disciplinar 2 do STJD pela falsificação de certidão de nascimento. Carlos Alberto adulterou o documento no ano de 2000 para diminuir em cinco anos a sua idade – o jogador tem na verdade 28 anos e não 23.
O volante alvinegro foi enquadrado no artigo 234 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e poderá pegar uma pena que vai de seis meses a dois anos de suspensão dos gramados.
A defesa do jogador acredita que ele poderá pegar uma pena mínima, já que houve a confissão em entrevista ao repórter Hélton Luiz em que o volante admitiu que adulterou os documentos em virtude das dificuldades sociais que enfrentava na época. Os advogados não quiseram revelar os motivos da decisão pela ausência do jogador no julgamento, mas afirmaram que tudo já foi dito na entrevista.
– No nosso entendimento, a nossa defesa está pautada de forma estratégica. Quem está acompanhando este caso sabe que a questão social é muito importante no caso do Carlos Alberto, como foi demonstrado através da sua entrevista, pela realidade com que este atleta, lá no ano de 1999, 2000 cometeu este ato. Então, é algo que nós da defesa precisamos apresentar de forma muito clara aos auditores. Obviamente, você pode me dizer que este é um lado emocional, também é. Vamos levar aos auditores a parte social desse ato praticado num país em que todos acompanhamos os problemas que temos – disse o vice-presidente jurídico do Figueirense, João Batista Baby, em entrevista ao repórter Sérgio Guimarães, da rádio CBN/Diário.
Baby acredita que os auditores irão levar em consideração que Carlos Alberto ainda tem uma carreira promissora pela frente e não deverão prejudicar o jogador:
– Nós estamos confiantes de que a Comissão Disciplinar vai decidir de forma justa e não vai tentar utilizar no caso Carlos Alberto um rigorismo excessivo. Acho que não há interesse em estragar a carreira desse atleta que, se for punido, que seja da forma mais atenuante possível para que ele possa continuar. Ninguém mais quer o Carlos Alberto como pedreiro, queremos ele como atleta, ele tem 28 anos e muita coisa pela frente ainda.
No dia 30, Carlos Alberto deverá prestar esclarecimentos no Rio de Janeiro à Polícia Federal, principalmente, em relação ao passaporte.