| 17/11/2006 12h05min
Alina Fernández Revuelta, filha do presidente de Cuba, Fidel Castro, comentou que o irmão do governante, Raúl Castro, pretende "introduzir o modelo chinês de abertura apenas econômica", em entrevista publicada hoje no jornal italiano Corriere della Sera.
Considerada a filha rebelde de Fidel, Alina, que saiu de Cuba em 1993 e milita nos Estados Unidos, acrescentou que agora é Raúl Castro quem maneja "as rédeas do país". Segundo ela, o objetivo de Raúl Castro não será jamais "a democratização política", mas apenas a abertura econômica, como faz a China.
Sobre o atual estado de saúde de Fidel, sua filha explicou que "existem apenas conjeturas" e que não será revelada a verdade sobre como o líder cubano realmente está.
Alina Fernández afirmou que nos últimos anos Fidel "se aproximou da religião e redescobriu Jesus às portas da morte", embora tenha assinalado que "não é algo estranho" pois seu pai estudou com os jesuítas.
A filha de Fidel acrescentou que sua tragédia pessoal foi o "ostracismo que sofreu por parte de seu pai e que após sua saída da ilha nenhum dos dois fez nada para tentar se aproximar".
– Não sou eu quem tem que perdoar. Eu sou uma das tantas mulheres cubanas obrigadas a viver no exílio pelo que Fidel Castro fez a nosso país. Terá que acertar as contas com a história – disse Alina Fernández.
AGÊNCIA EFE