| 09/11/2006 05h50min
A vitória da suíça Martina Hingis sobre a russa Nadia Petrova nesta quarta-feira, pela segunda rodada da Masters Cup de Madri, não significou apenas a manutenção do sonho da ex-líder do ranking em se classificar para a semifinal. Mais do que isso, representou mudanças significativas no circuito feminino, com o fim do reinado da francesa Amélie Mauresmo.
Com o resultado do duelo pelo Grupo Amarelo, a belga Justine Henin-Hardenne não tem mais chances de encerrar a fase como a quarta colocada, uma das condições para que Mauresmo seguisse na liderança. Das três que entraram com chances de chegar ao topo, curiosamente a francesa era a que menos tinha chance de se manter.
Isto porque ela defende o título da Masters Cup, praticamente não somaria pontos e ainda precisaria de campanhas desastrosas das adversárias diretas. Para piorar, estreou com derrota na competição para Petrova. Sem Mauresmo pela frente, a batalha pelo número 1 se resume apenas à própria Henin e à russa Maria Sharapova.
Henin é a que mais tem chance. Melhor tenista na Corrida das Campeãs, a belga depende apenas de suas forças para terminar pela segunda vez um ano como a número 1. Ela reassume o posto se chegar à final. Já Sharapova, líder invicta no Grupo Vermelho, tem de vencer o torneio e torcer para que a belga caia na semifinal ou antes.
Após o fim da rodada desta quarta-feira, Mauresmo deixa o número 1, que ocupou pelas últimas 34 semanas (39 no total). Ela viveu ano espetacular, com títulos no Aberto da Austrália e em Wimbledon, mas pecou pela irregularidade. Ao menos, a disputa fica em boas mãos: Henin foi campeã de Roland Garros, enquanto Sharapova levou o Aberto dos EUA.
GAZETA PRESS