| 23/09/2006 15h25min
Um dia depois de ter admitido que pode haver segundo turno nas eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou seus eleitores a irem às ruas nessa reta final de campanha em um comício na cidade mineira de Urberlândia.
Sem se referir diretamente ao escândalo do dossiê, o presidente acusou a oposição de estar falando em "coisas virtuais" para se eleger, recusando-se a debater temas econômicos ou administrativos. – Nesta semana que falta, a gente tem que ir para a rua. Nesta semana que falta, temos que ocupar as ruas de Uberlândia, Minas Gerais e as ruas do Brasil. Eles querem ganhar as eleições sem fazer debate econômico, sem fazer debate administrativo, apenas falando em coisas virtuais. E nós queremos tête-à-tête. Queremos discutir a realidade do nosso país. Lula pediu votos para o candidato ao Senado pelo PMDB, Newton Cardoso, que está atrás nas pesquisas de Eliseu Resende, do PFL, e criticou a qualidade de alguns parlamentares brasileiros. – Tem gente que fala que o presidente Lula está com Newton Cardoso. Mas o outro (Geraldo Alckmin) está com Eliseu Resende. É mais um da turma do PFL. Não dá, gente. Aí vamos ter que ir para as ruas para fazer a votação. Não podemos mais repetir aquele tipo de gente que tem lá (no Congresso). É preciso melhorar o nível de pessoas comprometidas com o governo –, disse o presidente, pedindo para que todos votem nos candidatos por ele apoiados. O vice-presidente José Alencar e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, defenderam Lula durante o evento. Alencar, disse que Lula está sendo vítima de erros de seus companheiros. – Estou ao lado dele e vejo tudo. Sei que ele tem sido vítima de erros imperdoáveis de companheiros –, disse Alencar. Já Hélio Costa comparou Lula ao fermento. – Lula é como fermento, quanto mais bate, mais cresce –, ilustrou o ministro das Comunicações. é como fermento, quanto mais bate, mais cresce –, ilustrou o ministro das Comunicações. AGÊNCIA O GLOBO