| 22/09/2006 13h09min
Pouco antes das 10h desta sexta, horário previamente marcado para o início dos jogos entre Brasil e Suécia, torcedores se impacientavam no saguão principal da Expominas, local dos jogos da Copa Davis, e iniciavam coro de protesto. No início da tarde, já sem filas e com o público circulando pelo local, o que se via era um misto de insatisfação e conformismo.
A maioria dos presentes procurava algum modo de se informar, já que nem organização, nem segurança passavam notícias precisas sobre o que acontecia com a quadra central naquele momento. Um animado grupo uniformizado e pertencente à torcida ATPba, de Salvador, sabia da situação graças a um boletim passado na televisão.
Indignados, um deles ameaçou até processar a Confederação Brasileira de Tênis por descaso.
– É um absurdo. Estamos todos perplexos com esta falta de informação. Não sabemos de nada do que está acontecendo realmente e é você que está nos falando realmente o que acontece. Vamos pedir uma indenização pesada se os jogos ficarem para segunda-feira – disse Marcelo Viana.
Segundo o torcedor, um grupo de 20 pessoas saiu da capital baiana para acompanhar os jogos neste final de semana em Belo Horizonte e está hospedado em um hotel da cidade, o que gera “gastos absurdos e impensados” para eles.
– Agora a gente fica esperando, bebendo e vamos ver como fica – brincou.
Do outro lado do saguão, um pouco menos agitado, o torcedor Jorge Barburi brincava e chutava uma grande bola de tênis na direção do filho de sete anos, Eduardo. Ao contrário dos baianos, Barburi, natural de Belo Horizonte, recebia informações de amigos por telefone, mas não se mostrava tão decepcionado. Ele apenas cobrou maior zelo da organização.
– Ninguém falou nada, mas não tem essa de desorganização, tênis é assim, infelizmente. Você viu o que aconteceu no Aberto dos EUA? Choveu três dias, cancelaram um inteiro. Paciência. Só fico impressionado é porque não montaram a quadra no Mineirinho, com 25 mil pessoas, melhor estrutura – questionou Barburi.
GAZETA PRESS