| 31/08/2006 14h10min
A candidata à presidência da República pelo P-Sol, Heloísa Helena, classificou de pífio, porém esperado o crescimento de 0,5% do PIB no segundo trimestre do ano, segundo dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A candidata voltou a criticar nesta quinta-feira a condução da economia e disse que o governo não conseguirá aproximação com as taxas de crescimento verificadas em países vizinhos, como a Argentina.
– Infelizmente, o crescimento pífio é o retrato da escolha da política econômica feita pelo governo a partir do momento que o Conselho de Política Monetária (Copom) estabelece como única forma saudável crescimento de até 3,5%. A política econômica do governo é uma sabotagem ao desenvolvimento do país porque desestrutura os parques produtivos e destrói milhões de postos de trabalho –, disse. Heloísa Helena ironizou a decisão do Copom, que reduziu em meio ponto percentual a taxa básica de juro, a Selic. Segundo a candidata, a medida foi eleitoreira. – Não há dúvida de que foi uma medida eleitoreira. Claro que eu quero que os juros caiam, mas essa redução não é compatível com o histórico do Copom –, afirmou. Heloísa Helena criticou ainda a postura do governo em relação às negociações para a manutenção da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Segundo a candidata, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deveria intervir acenando com empréstimo para a montadora, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).– Se ele estivesse entre os mais de 3 mil desempregados, desceria dessa pose de arrogância e covardia política e estabeleceria os mecanismos de intervenção. O BNDES pode e tem a obrigação de financiar estabelecendo cláusulas sociais rígidas para impedir demissões e a precarização das relações de trabalho –, afirmou a candidata, que participa de uma caminhada em uma feira livre na Vila Galvão, bairro do município de Guarulhos, na Grande São Paulo. AGÊNCIA GLOBO