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 | 31/08/2006 13h50min

CPI tenta quebrar sigilo e marcar novos depoimentos

Empresário Luiz Vedoin deve ter encontro com integrantes de comissão

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Sanguessugas realiza na próxima terça-feira reunião administrativa para votar mais de 130 requerimentos. O presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), conta com a presença dos deputados durante o esforço concentrado da próxima semana para garantir o quorum da reunião.

Até hoje, a CPI só conseguiu quorum uma vez, para a reunião de votação do relatório parcial.

Para Biscaia, a reunião é imprescindível para definir os próximos passos da CPI. Ele acredita que será preciso aprovar algumas quebras de sigilo e convocações para novos depoimentos. Mesmo que os depoimentos não sejam marcados para setembro, Biscaia acredita que será possível fazer uma agenda a partir do dia 2 ou 3 de outubro.

– E, aí sim, nós vamos ter o segundo relatório, o relatório final, também alcançando os objetivos dessa investigação parlamentar – comentou.

Biscaia destacou que será necessário, por exemplo, aprovar a convocação e a quebra de sigilo de Cristianne Mayrink, suposta relações-públicas da Planam, empresa que montou a fraude das ambulâncias. Mas ainda não há requerimentos para essa convocação. Biscaia afirmou que Cristianne Mayrink era vista freqüentemente circulando pelo Congresso e há suspeitas de que ela fizesse os contatos com os parlamentares em nome da Planam.

Na próxima semana, a CPI também deve ouvir novamente o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos donos da Planam. Biscaia deve aproveitar que Vedoin será ouvido na próxima terça pelo Conselho de Ética do Senado para marcar um encontro do empresário com integrantes da CPI.

Biscaia disse ainda que, para as investigações sobre o Executivo avançarem, elas devem contar com o apoio do Ministério Público nos Estados.

Para Biscaia, também será importante que a Câmara aprove, durante o esforço concentrado da próxima semana, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349/01, que acaba com o voto secreto no Congresso Nacional. Para isso, ele destacou que será necessário votar as medidas provisórias que trancam a pauta e que o governo retire a urgência de alguns projetos de lei. Biscaia acredita que seria simbólico aprovar a medida a um mês das eleições.

AGÊNCIA CÂMARA
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