| 17/08/2006 10h35min
A lista de 57 parlamentares investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias, deve aumentar. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, garantiu que vai usar como subsídio para requisitar a abertura dos novos inquéritos o relatório parcial da CPI das Sanguessugas.
A decisão sobre quem serão os novos investigados sairá na próxima semana. O presidente da CPI dos Sanguessugas, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), entregou ontem o relatório parcial ao procurador-geral. Como a CPI recomendou a abertura de processos de cassação contra 72 parlamentares - 69 deputados e três senadores -, a expectativa do procurador-geral da República é aumentar o número de inquéritos no Supremo. – Com a documentação da CPI em mãos, a equipe da Procuradoria vai analisar o envolvimento de todos os parlamentares na máfia das ambulâncias – afirmou Biscaia. A mesa diretora da Câmara enviou ontem ao Conselho de Ética os 80 volumes de documentação da CPI das Sanguessugas para que sejam abertos os processos contra os 69 deputados. O Conselho pretende desmembrar os processos em 69 representações individualizadas. Com isso, o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), só deverá instaurar os processos na terça-feira. Com a abertura do processo no Conselho, acaba a possibilidade de os deputados acusados renunciarem aos seus mandatos para fugir de eventual cassação e perda dos direitos políticos. ZERO HORA