O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se arrependeu de não ter participado do debate promovido ontem pela TV Bandeirantes, com os demais candidatos à Presidência da República. Em 1998, era Lula quem criticava o fato de o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, não participar dos debates. Segundo Tarso, o debate de ontem à noite foi "sonífero".

– Na minha pesquisa empírica, as pessoas ficaram com sono no debate. Não teve nenhuma tensão, nenhuma cobrança ou afirmação de projetos. Foi um debate sonífero. Pelo resultado do debate de ontem, pelo sonífero que ele foi para a população brasileira, o presidente efetivamente não se arrependeu de não ter participado – disse Tarso.

O ministro também avaliou nesta terça o primeiro dia dos progamas eleitorais obrigatórios. Conforme Tarso, o de Lula foi o "mais consciente, forte e convincente" e mostrou que a linha da propaganda será a de mostrar as realizações do governo, comparar com administrações anteriores e apresentar propostas para o futuro. O ministro afirmou ainda que, se a oposição adotar um tom agressivo, o presidente estará preparado.

– Se o tom subir, estamos preparados para isso, mas a experiência política mostra que quem baixa o nível perde audiência e voto. Se eles enveredarem para o caminho do ódio, o que vai ocorrer é o aumento da diferença (entre Lula e os demais candidatos) – avaliou Tarso, que foi irônico ao avaliar o programa do tucano Geraldo Alckmin:

– O programa do Alckmin foi uma espécie de rol de obras de engenharia.

AGÊNCIA O GLOBO