| 14/08/2006 22h21min
No primeiro bloco do debate promovido pela Band entre os candidatos à Presidência da República, Luciano Bivar (PSL), Cristovam Buarque (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), José Maria Eymael (PSDC) e Heloísa Helena (P-Sol) tiveram dois minutos para responder a mesma pergunta. Escolheram um tema, entre educação, segurança, saúde, desemprego, e apresentaram aquela que seria a primeira medida concreta de seus governos, que trouxessem resultados a médio prazo.
Bivar e Eymael consideraram a reforma tributária ponto básico para a geração de emprego. O candidato do PSL propôs um imposto único, com alíquota de 1,7%, que substituiria todos os impostos federais. – O país está cansado de ter em cima do contribuinte algo que ele não pode pagar. Para dar emprego tem que formalizar metade da classe trabalhadora – disse Bivar. Já o representante do PSDC falou em um novo modelo tributário, com maior numero de contribuintes e redução do valor a ser pago por cada um. Também expressou que a proposta central do partido é a conquista da "Presidência para transformar o Estado de senhor em servidor". O tucano Geraldo Alckmin não apontou nenhuma medida específica. Mencionou que o país precisa avançar em todos os pontos citados na pergunta destacou a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento: – Sentimos uma população desencantada com corrupção, desvio de dinheiro em ministérios, desperdício e má gestão. A primeira medida é agenda do crescimento e da educação. O jovem precisa voltar a ter esperança. Cristovam Buarque, como vem defendendo desde o início de sua campanha, acredita que a educação é a base para resolver os demais problemas sociais enfrentados pelo país. Disse que, em curto prazo, pretende contratar 400 mil professores e 30 mil operários para a construção de escolas, o que geraria empregos diretos. E afirmou que investiria em computadores e tecnologia para as instituições, o que ampliaria o número de vagas na indústria. – A educação é o único desses problemas (mencionados na questão) que é solução para os outros. Segurança e emprego podem ser resolvidos e não resolvem a educação – avaliou. Heloísa Helena não apresentou nenhuma proposta concreta. Alertou que, caso fosse eleita, os únicos que perderiam seriam "banqueiros e políticos corruptos" e defendeu um reforma tributária que impeça a "transferência de renda do pobre a da classe média para o capital financeiro". Também aproveitou para criticar a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no debate – o petista foi convidado pela emissora, mas não compareceu. Em relação às políticas de segurança, prometeu investimentos em políticas sociais e repressão ao crime organizado.