O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou hoje que o colegiado já tinha previsto um grande número de processos de cassação relativos à CPI dos Sanguessugas e, por isso, está preparado para receber os nomes citados hoje no relatório parcial da comissão.

No início desta tarde, a CPI dos Sanguessugas aprovou o relatório parcial do senador Amir Lando (PDMB-RO), que pede a abertura de processo de cassação de 69 deputados e três senadores por envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias. O relatório foi lido por Lando pela manhã.

A única preocupação, segundo Izar, diz respeito à relatoria dos processos, já que o conselho tem 14 titulares e 15 suplentes e não tem condições de ter mais de 29 relatores.

Izar vai estudar a possibilidade de que alguns integrantes sejam relatores de mais de um processo, principalmente aqueles que são semelhantes e que possam ser aproveitadas as mesmas testemunhas.

O deputado anunciou que vai se reunir na próxima semana com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para discutir a tramitação desses processos. Ele lembrou que, pelo Regimento Interno, a CPMI encaminha para a Mesa Diretora, e depois segue para a Corregedoria-Geral para então serem enviados para o conselho.

Indagado sobre a possibilidade de se enviar esses processos diretamente da Mesa para o conselho, Izar lembrou o caso de processos do "mensalão" que os deputados recorreram ao Supremo Tribunal Federal para que passassem pela Corregedoria.

AGÊNCIA CÂMARA