O zagueiro uruguaio Diego Lugano e o atacante colombiano Rentería dão um toque estrangeiro à final da Libertadores entre o São Paulo, atual campeão da competição, e o Inter.

Aos 26 anos, Lugano se tornou o símbolo da garra da equipe paulista. A força física, a aplicação tática e a segurança na marcação do zagueiro uruguaio são elementos fundamentais para uma equipe que em 2005 conquistou quase tudo – Campeonato Paulista, Libertadores e Mundial de Clubes – e que na temporada atual lidera o Brasileirão e é visto como o grande favorito para levar para casa o troféu da principal competição de clubes da América.

Entretanto, o início da carreira de Lugano no Brasil não foi fácil. Ele chegou à equipe paulista em 2003, mas sem o aval do então treinador Oswaldo de Oliveira, que o deixou no banco por muito tempo. Porém, ele não deixou de trabalhar e, quando surgiu uma oportunidade, mostrou seu valor. Hoje, ele é um dos ídolos da equipe, junto com o goleiro Rogério Ceni, e sua camisa é uma das mais vendidas, algo inédito em um país no qual os atacantes são muito mais valorizados que os defensores.

Esta ótima relação entre Lugano e a torcida paulista, entretanto, parece estar com os dias contados, pois ele recebeu uma oferta do Fenerbahçe, da Turquia.

Já o atacante Rentería, de 21 anos, estabeleceu uma química rara com a torcida colorada, pois apesar de não ser titular, é considerado o amuleto da equipe para vencer os momentos difíceis. O colombiano geralmente entra em campo nos últimos minutos, dá muito trabalho aos rivais e marca gols decisivos. O reserva de luxo comemora seus gols imitando o Saci, mascote da equipe gaúcha.

Assim como Lugano, Rentería chegou ao Brasil sem alarde. Logo, ele se tornou uma das melhores opções ofensivas do técnico Abel Braga, principalmente quando tem que mudar o resultado de uma partida.

O colombiano já marcou quatro gols na Libertadores, marca que apenas Fernandão tem no Inter, sendo que o brasileiro é titular.

AGÊNCIA EFE