| 03/08/2006 17h21min
O ex-assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Marcelo Cardoso Carvalho, prestou depoimento no final da manhã desta quinta-feira ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP). Segundo o parlamentar, Carvalho afirmou não ter apresentado qualquer emenda sem o conhecimento de Suassuna.
– Ele diz que nunca deixou de comunicar ao senador qualquer emenda que tenha feito. Sempre comunicou, mesmo quando o senador estava fora do país ele comunicava antes de encaminhá-la – relatou Tuma.
A Corregedoria do Senado é uma das frentes de investigação do esquema de fraudes na compra superfaturada de ambulâncias com recursos do orçamento. Diferentemente da CPI dos Sanguessugas, a corregedoria investiga somente os três senadores supeitos: Ney Suassuana (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES), Serys Slhessarenko (PT-MT).
Segundo Tuma, o ex-assessor classificou como vazio o depoimento de Carvalho.
– Ele não confirmou nada, acha que foi preso de graça – disse. De acordo com Tuma, o ex-assessor disse que o único dinheiro recebido por ele do dono da Planam, Darci Vedoin, era relacionado à venda de um barco. O depósito teria sido feito na conta de um colega de gabinete de Carvalho pois sua conta estaria bloqueada pela justiça em razão de uma dívida.
Ao ser questionado se o depoimento de Carvalho compromete o senador Ney Suassuna, Tuma afirmou que “não dá para dizer que não sabia”. Antes de acompanhar o depoimento do ex-assessor, Tuma acompanhou parte da sessão da CPI dos Sanguessugas, em que o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin teria confirmado que negociava com assessores do gabinete do senador Ney Suassuna (PMDB-PB).
– Ele falou com bastante ênfase sobre secretários e membros do gabinete do Ney Suassuna – confirmou.
Somente nesta quinta-feira, Romeu Tuma sugeriu duas acareações. Uma entre Maria da Penha Lino, ex-assessora do Ministério da Saúde, e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócio da Planam, e a segunda entre Darci Vedoin, dono da Planam, e Marcelo Carvalho, ex-assessor de Ney Suassuna.
AGÊNCIA CÂMARA